Contrato para fornecimento de energia encerra em dezembro de 2014. Unidade de Bocaiuva MG já demitiu 179 empregados este ano.
O setor metalúrgico é a principal fonte de emprego e renda de Bocaiuva, no Norte de Minas Gerais. Porém, uma indecisão tem tirado o sono dos moradores; a empresa Rima Industrial ameaça fechar as portas caso não renove o contrato de fornecimento de energia com a Cemig.
Os trabalhadores, representantes da indústria e da administração municipal iniciaram uma série de reuniões para discutirem o problema e uma assembleia foi realizada em praça pública, na noite dessa quarta-feira (22).
Entre as preocupações está o número de demissões em 2014. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de Bocaiuva (SINDBOC), a empresa desligou 179 empregados. Ao contrário de 2013, no qual 170 funcionários foram demitidos e 190 contratados, este ano a empresa não está admitindo novos empregados para as vagas surgidas.
“A situação está tensa, complicada e muito difícil. A empresa começou demitir em janeiro e anunciou crise financeira. Ela alega dificuldade com o encerramento de contrato de energia. Está é uma notícia complicada pra comunidade”, afirma o presidente do Sindboc, Delson Oliveira.
O presidente do grupo Rima, Ricardo Vicentin, confirma a situação enfrentada pela empresa. Apesar de negar problemas financeiros, ele confirma a possibilidade de paralisar as atividades da indústria caso não consiga uma resposta positiva para a renovação do contrato de fornecimento de energia.
“O governo oferece muitos incentivos para abrir novas empresas e por que não dá incentivos para manter as que já existem? Acredito que teremos uma resposta positiva. Qualquer resposta diferente disso seria uma atitude ilógica”, explica.
Vicentin afirma ainda que o contrato para fornecimento de energia encerra em dezembro de 2014. Mas este seria um problema que afeta toda a região. Porém, ele negou que as demissões tenham ligação com o impasse da renovação de contrato de energia. "As demissões são apenas medidas operacionais. O que acontece é que antigamente nós preenchíamos as vagas que surgiam e agora, por questões operacionais não estamos admitindo novos empregados", explica.
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