sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

CHORUME!! LIQUIDO ALTAMENTE POLUENTE, VAZA DE ATERRO SANITÁRIO E ATINGE RIO EM MONTES CLAROS

Córrego do Mimoso corre risco de contaminação após o problema. Empresa alega que a queima de bombas provocaram o derramamento.

   O vazamento do chorume no aterro sanitário em Montes Claros, Norte de Minas, atingiu o Córrego do Mimoso. Nesta quinta-feira (21), representantes do Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (Codema) e do Conselho de Polícia Ambiental (Copam) fizeram uma visita técnica para analisar o problema.

  A empresa alega que equipamentos que fazem o bombeamento do chorume em um tanque, com de 80 metros cúbicos, se danificaram e provocou o derramamento do líquido. A empresa afirma ainda que a coleta do chorume é realizada por caminhões pipa. O líquido é levado para um tanque maior para depois ser tratado.

   De acordo com o técnico ambiental, Sóter Magno, que participa dos dois conselhos, o problema iniciou na segunda-feira (18) e ainda não foi controlado, e isso gera grande risco de contaminação ao Córrego do Minoso.
   “Estivemos no local e percebemos que a situação é crítica. Eles alegam que o problema foi causado pela grande quantidade de chuva que atingiu a cidade nos últimos dias, mas uma obra deste porte tem de se prevenir contra acidentes naturais. Houve sim uma negligência”, afirma o conselheiro Sóter Magno, que representa os dois órgãos.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente entregou um laudo à Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram) apontando situações que devem ser corrigidas no local, segundo o secretário Edvaldo Marques. 
   A Supram afirma que a empresa receberá três notificações; uma por ela não ter informado o dano ambiental aos órgãos responsáveis, outra por falta de drenagem, impedindo que as águas da chuva carregassem para o tanque de armazenamento do chorume, e o crime ambiental em que houve o derramamento do chorume.
   “Imprevistos ambientais podem acontecer, mas a má gestão também gera estas coisas. Lá, se as bombas estivessem acomodadas em local que evitasse esta possibilidade, isso não teria acontecido”, afirma o superintendente Aramis Mameluque.
Valdivan Veloso
Do G1 Grande Minas

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